Líder: Sérgio Viana Peixoto e Maria Fernanda Lima-Costa.
O Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento (NESPE) mantém três linhas de pesquisa: (a) Envelhecimento e Saúde; (b) Condições relacionadas à saúde e seus determinantes; e (c) Métodos estatísticos aplicados à Saúde Pública. A primeira é dedicada aos estudos sobre o envelhecimento humano, compreendendo as abordagens epidemiológica e antropológica. Os projetos ancorados nessa linha têm como objetivo a produção de evidências para o melhor entendimento dos determinantes, socioculturais e biológicos, do envelhecimento e as consequências desse processo para o sistema de saúde. A segunda linha de pesquisa é sustentada por estudos epidemiológicos, seccionais e longitudinais, que não envolvem diretamente a temática do envelhecimento, mas são voltados para as condições relacionadas à saúde em populações específicas, buscando o entendimento dos fatores relacionados a essas condições e contribuindo com as ações em saúde pública. Por fim, centrada na interface entre a epidemiologia e a estatística, a terceira linha de pesquisa tem como objetivo a incorporação de modelos e métodos estatísticos inovadores de análise em estudos epidemiológicos, visando melhor compreensão do processo saúde-doença, avaliação de acesso, assistência e de políticas de saúde nas populações, incluindo questões demográficas, territoriais e ambientais. Os principais projetos de pesquisa liderados pelo grupo e que sustentam as linhas descritas anteriormente são: (1) Coorte de base populacional de idosos de Bambuí; (2) Epidemiologia genômica de doenças complexas em coortes de base populacional; (3) Estudo longitudinal da saúde dos idosos brasileiros – ELSI-Brasil, que é parte de um consórcio internacional; (4) Iniciativa ELSI-COVID-19, cujo objetivo é avaliar o impacto da epidemia em amostra nacional representativa da população brasileira com 50 anos ou mais; (5) Projeto Saúde Brumadinho, estudo longitudinal que acompanha as condições de saúde da população residente no município atingido pelo rompimento da barragem de mineração; e (6) Inquérito de cobertura vacinal, de âmbito nacional e com coordenação regional (Belo Horizonte) do NESPE. Além dos bancos de dados dos projetos mencionados acima, o NESPE mantém dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD 1998, 2003 e 2008), Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013 e 2019), e dos Inquéritos de Saúde da Região Metropolitana de Belo Horizonte (2003, 2010). O NESPE mantém ainda uma bioteca da coorte de Bambuí, com cerca de 11.000 alíquotas de soro, plasma e sobrenadante de leucócitos, e do ELSI-Brasil, com cerca de 12.500 alíquotas de soro e plasma, em três freezers – 80oC, que são mantidos em salas frias existentes no IRR - Fiocruz Minas para esse fim.
Líder: Tatiana Chama Borges Luz
O Grupo de Estudos Transdisciplinares em Tecnologias em Saúde e Ambiente (GETESA) utiliza abordagens teórico-metodológicas qualitativas e quantitativas para estudo e avaliação dos sistemas de saúde, nas perspectivas da gestão, da implementação, monitoramento e avaliação das políticas e de programas e serviços de saúde, dos recursos humanos, capacitação e processos de trabalho e da promoção da saúde. Além disso, considera-se também a perspectiva da população usuária do SUS, sua situação e necessidades de saúde, bem como seus determinantes biopsicossociais e ambientais. O eixo estruturante dos principais projetos do grupo são as tecnologias em saúde – em especial os medicamentos –, em virtude de seu papel na Saúde, com demanda e custos crescentes no mundo. Como eixo estruturante secundário destacam-se as mudanças climáticas e vulnerabilidade socioambiental das populações. O grupo conta com gabinete para pesquisador e sala multiuso para alunos da pós-graduação e bolsistas providos de mobiliário, equipamentos e recursos (computadores, impressora, acesso à internet, softwares específicos para análise de dados de pesquisa qualitativa e quantitativa) adequados e suficientes para suprir as demandas do grupo.
Líder: Glaucia Fernandes Cota
O grupo Pesquisa Clínica e Políticas Públicas em Doenças Infecto-Parasitárias (PCPP) realiza pesquisa, desenvolvimento tecnológico, inovação e formação de recursos humanos relacionados a diagnóstico, clínica, terapêutica e controle de doenças infecciosas e parasitárias de importância social no Brasil, servindo também de apoio ao Centro de Referência em Leishmanioses (CRL) do IRR - Fiocruz Minas. Suas principais linhas de pesquisa são os ensaios clínicos em leishmaniose, análise de desempenho e validação de testes diagnósticos, incluindo novos métodos moleculares (LAMP), avaliação de tecnologias em saúde, incluindo revisão sistemática da literatura e estudos de custo-efetividade, além de avaliação de políticas públicas na área das doenças negligenciadas. Possui área que abriga dois laboratórios, duas salas de apoio diagnóstico, três salas individuais e uma coletiva para pesquisadores e estudantes. O laboratório e os demais espaços são devidamente equipados e todos os procedimentos seguem normas de qualidade de boas práticas. O ambulatório tem dois consultórios, sala de procedimentos, expurgo, recepção e escritório. O CRL presta atendimento médico ambulatorial especializado a pacientes com suspeita de leishmaniose, apoio diagnóstico para o SUS e rede privada, controle de qualidade, capacitação de profissionais, além de oferecer assessoria técnica para gestores e profissionais e serviços de saúde.
Líder: Leo Heller
Criado em 2015, o grupo Políticas Públicas e Direitos Humanos em Saúde e Saneamento (PPDH) tem por objeto de atuação as áreas de saúde e de saneamento, e como perspectivas analíticas os campos dos direitos humanos e das políticas públicas. Assim, examina e incide sobre a realidade das áreas de saúde e saneamento, a partir de um olhar crítico e interdisciplinar para as políticas públicas sob as quais se organizam e dando ênfase, nesse olhar, para suas dimensões de direitos humanos, a partir das obrigações do Estado e dos referenciais teórico-analíticos próprios desse campo. O grupo desenvolve trabalhos de pesquisa, formação e cooperação institucional, na confluência dos campos a que se dedica. O grupo considera que trabalhos de investigação no campo das políticas públicas de saúde e de saneamento, desenvolvidos sob a perspectiva dos direitos humanos, vem aportando importante contribuição para a construção inovadora de conhecimentos e a potencial reorientação das políticas públicas a partir de uma visão voltada para os interesses dos cidadãos, com importante impacto social.
Líder: Rômulo Paes de Sousa
O grupo de pesquisa Políticas de Saúde e Proteção Social (PSPS) se dedica a estudos sobre os processos de organização dos sistemas e serviços de saúde no Brasil, tanto no setor público como no privado, buscando compreender os arranjos e estratégias de financiamento, provisão e padrões desiguais do acesso aos bens e serviços de saúde em relação às diferenças regionais e espaciais, e de padrões socioeconômicos da população. Atualmente, vem conduzindo investigações nos temas: determinantes sociais da saúde; populações vulneráveis e práticas sustentáveis relacionadas à saúde; contextos sanitários no nível internacional e nacional referentes a emergências sanitárias, crises econômicas e situações de instabilidade provocadas por acidentes naturais e conflitos políticos; financiamento de políticas públicas específicas, financiamento do setor público e privado, formatos institucionais, e impactos da judicialização da saúde no setor público e privado; avaliação de políticas específicas de saúde; implementação da Agenda 2030 nas atividades de planejamento do setor público; políticas de redução das desigualdades em saúde; distribuições espaciais de padrões epidemiológicos e de políticas públicas e práticas sociais de saúde; introdução de novas terapêuticas nos protocolos públicos e privados de saúde; sistemas de proteção social públicos e informais nos planos internacional e nacional; avaliação de impacto das políticas econômicas sobre a saúde e avaliação de efetividade de políticas públicas específicas de saúde. No campo do Ensino, no cenário institucional e em parcerias com outras instituições, o grupo contribui com a oferta de disciplinas em cursos de pós-graduação e curso de especialização para profissionais do Sistema Único de Saúde e orientação de doutorandos e mestrandos do PPG SCo-Fiocruz Minas.
Líder: Zélia Maria Profeta
O grupo Saúde, Educação e Cidadania (SEC) tem trabalhado em múltiplos objetos e abordagem diversificados na perspectiva avaliativa e de organização de serviços de saúde. Nas pesquisas avaliativas, destacam-se pesquisa no campo da saúde urbana em áreas especiais de interesse social (Programa Vila Viva) e de implantação do programa nacional de suplementação de Vitamina A no Brasil. A partir de 2015 o trabalho de pesquisa vem se diversificando e a partir do desastre da Barragem de Fundão, de propriedade da Samarco, e mais recentemente em 2019 o desastre da Vale em Brumadinho, foram feitas atividades junto às secretarias de saúde. Também a partir de 2015 com a tríplice epidemia de dengue, zika e Chikungunya, o grupo vem atuando mais fortemente no campo da vigilância em saúde visando gerar conhecimento para o fortalecimento da mobilização social para o enfrentamento da dengue, zika e chikungunya e controle do Aedes aegypti.
O grupo Saúde, Educação e Cidadania (SEC) por meio dos seus pesquisadores e estudantes tem trabalhado na execução de diversos projetos na área de desastres, Vigilância em saúde de base territorial/Mobilização social, além de projetos de extensão em interface com a pesquisa. No campo dos desastres dois grandes projetos serão implementados. Um deles é organização de um observatório em desastres e saúde para sistematizar informações e trabalhar na translação do conhecimento em territórios atingidos pelo rompimento de barragem ou sob risco de ocorrência desse evento. O outro projeto tem como objetivo elaborar plano de gestão de risco de desastres e emergências em saúde (GRDES) para o município de Brumadinho no contexto da Atenção Primária em Saúde (APS). A ideia é preparar o setor saúde do município para a gestão de multirriscos, onde a Febre Amarela (2018) e a pandemia Covid-19 (2020) se sobrepõem aos riscos, doenças e agravos causados/potencializados pelo rompimento de barragem (2019). No campo da vigilância em saúde de base territorial visando ao fortalecimento da mobilização social para o enfrentamento da tríplice epidemia de dengue, zika e chikungunya e controle do Aedes aegypti em Minas Gerais temos dois projetos em andamento. Um deles teve inicio em 2016 e tem como objetivos fortalecer a mobilização social para o enfrentamento das arboviroses; trabalhar o território de forma mais ampla, entendendo o seu papel na determinação de saúde e doença no espaço socialmente construído; pensar em territórios com melhores condições sanitárias; estimular a criatividade e processos solidários; aprofundar propostas para definição de políticas públicas. O outro projeto tem como objetivo analisar as redes sociais em comunidades do município de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A análise das redes sociais será realizada por meio de etnografia nos principais espaços de sociabilidade locais para compreender a maneira como essas redes operam e são acionadas no cotidiano. Serão analisados os mecanismos de integração social produzidos pelas redes de relações primárias e associativas existentes nesses bairros – como os familiares, as de vizinhança, as religiosas, as de caráter civil, entre outras –, além das características dos arranjos de sociabilidade que resultam em produção de solidariedade nas comunidades estudadas. Na área de extensão três projetos estão em andamento, sendo um junto a catadoras de recicláveis (Grupo Acamares: Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Sarzedo- MG), um com os profissionais do sexo (Grupo Rebu- BH/MG) e o terceiro com o intuito de fortalecer, intensificar e integrar uma rede de acolhimento às Pessoas Vivendo com HIV/AIDS (PVHA). Em todos os grupos os projetos têm como objetivos atuar na redução de estigma, na geração de renda, e na segurança sanitária.
Líder: Paula Dias Bevilacqua
As atividades do grupo Violência, Gênero e Saúde (VGS) incluem investigações científicas e atividades de extensão em interface com a pesquisa e o ensino envolvendo formação de trabalhadores de serviços que atendem mulheres em situação de violência. As pesquisas e atividades do grupo transitam por diferentes temáticas e incluem, como perspectivas investigativas, abordagens qualitativas e quantitativas dos fenômenos de interesse, sendo que a lente de gênero tem sido uma escolha recorrente e significativa para refletir sobre as temáticas abordadas. Atualmente, o grupo vem se dedicando à descrição e análise de processos que influenciaram a constituição das redes de enfrentamento à violência contra as mulheres no Estado de Minas Gerais, seus componentes e as relações entre os mesmos; à problematização sobre os caminhos políticos atuais e futuros do enfrentamento à violência de gênero; a contribuir com subsídios à revisão e ao aprimoramento de normas e documentos legais sobre o enfrentamento à violência contra as mulheres; ao aprimoramento da vigilância de violências no âmbito do SUS e para o trabalho intersetorial com a rede de enfrentamento à violência contra as mulheres; a análises de situação de mortalidade, morbidade e notificação de violências, considerando as interseccionalidades de gênero, raça/cor e idade. O grupo conta com infraestrutura adequada e devidamente equipada com salas individuais e compartilhadas para pesquisadores, além de utilizar as instalações localizadas no subsolo da Unidade Geraldo Campos Valadão da Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais, onde parte das atividades acadêmicas do PPG SCO-Fiocruz Minas é desenvolvida, como apoio para realização de reuniões, encontros e demais atividades em grupo que exigem as pesquisas e iniciativas conduzidas pelo grupo.
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